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7 respostas para as dúvidas mais comuns sobre anestesia em gatos

7 respostas para as dúvidas mais comuns sobre anestesia em gatos

Administrar anestesia em gatos é um processo mais ou menos comum durante a vida destes animais de estimação, seja durante uma cirurgia ou outro procedimento médico. O objetivo é garantir o seu conforto e facilitar a intervenção médica.

Por ser uma prática comum, mas que requer um protocolo minucioso, torna-se essencial, para todos os tutores, esclarecer possíveis dúvidas. Assim, é mais fácil acalmar a preocupação, caso o seu gato tenha de passar por um processo anestésico.

Neste artigo, respondemos às questões mais frequentes sobre a anestesia em gatos.

A anestesia é fundamental para que o seu gato se sinta confortável durante uma intervenção médica, sem dor ou stress

1. Como é que os médicos veterinários garantem que a anestesia é a mais indicada para o gato?

A anestesia em gatos tem como objetivo provocar um estado de insensibilidade à dor e relaxar os músculos durante um procedimento médico, através da administração de agentes anestésicos. Existem vários tipos de anestesias, mas as mais comuns na área veterinária são:

  • Anestesia geral – o seu efeito “adormece” o cérebro do animal, mantendo-o inconsciente;

  • Anestesia local – o seu efeito afeta apenas uma determinada zona do corpo.

Para escolher o tipo mais adequado e os agentes específicos a usar, é elaborado um protocolo anestésico seguro e eficaz, tendo em conta características específicas do gato: idade, tamanho, raça e estado de saúde.

Este plano individualizado depende também do tipo de intervenção a realizar – regra geral, se for mais séria e invasiva utiliza-se anestesia geral, e se for mais simples e localizada utiliza-se a anestesia local.


2. Como é o procedimento da anestesia geral em gatos?

Ao provocar um estado de inconsciência nos gatos, com a anestesia geral deixa de haver sensibilidade e reação à dor. É frequente administrar este tipo de anestesia em gatos para os esterilizar, por exemplo.

O processo de administração divide-se nos seguintes passos:

  • Sedação do gato;

  • Colocação de tubo na traqueia para fornecer oxigénio;

  • Colocação de cateter intravenoso para eventual situação urgente e para passagem de fluidos;

  • Administração da anestesia por via intravenosa ou inalatória.

3. Como é o procedimento da anestesia local nos gatos?

A anestesia local provoca um estado de dormência em determinada zona do corpo, retirando-lhe a sensibilidade. Para isso, bloqueia as transmissões de dor dessa mesma região, impedindo-as de chegar ao cérebro. É muito usada, por exemplo, para remover tumores pequenos ou para tratar feridas.

O procedimento divide-se nas seguintes etapas:

  • Sedação do gato;

  • Administração da anestesia na zona a intervencionar com uma injeção no tecido ou por meio de um agente tópico, aplicado na pele.


4. A anestesia em gatos apresenta riscos?

Apesar da anestesia em gatos ser um processo muito seguro, tal como acontece nos humanos, pode existir o risco de reações adversas, em especial se o gato tiver alguma condição de saúde.

As reações adversas podem ser leves e pouco graves, como um inchaço no local afetado pela anestesia ou diminuição do ritmo cardíaco. Noutras situações, mais raras, as complicações podem ser mais sérias, como uma reação alérgica grave à substância anestésica.

É importante sublinhar que a evolução no desenvolvimento de agentes anestésicos mais seguros, a possibilidade de elaborar um protocolo anestésico adequado a cada paciente específico e a existência de equipamentos de monitorização cada vez mais modernos fazem com que a administração da anestesia em gatos seja cada vez mais segura.

5. O que pode ser feito para minimizar os riscos da anestesia em gatos?

A forma mais eficaz de evitar as complicações com a anestesia é através da elaboração de um protocolo anestésico adequado para o paciente e intervenção em questão.

Para isso, é fundamental fazer uma avaliação minuciosa antes de administrar a anestesia em gatos. O objetivo é analisar a saúde do animal e verificar se existem condicionantes que possam inviabilizar o uso de determinada anestesia ou aumentar o risco de possíveis complicações.

Esta avaliação pode incluir:

  • Estudo do histórico médico;

  • Exame físico;

  • Análises ao sangue;

  • Exames complementares (como radiografias, eletrocardiogramas ou ecocardiografia).

Outra forma de evitar certos riscos da anestesia é cumprir as recomendações fornecidas pelos especialistas, como por exemplo quanto ao jejum, para evitar vómitos e consequente aspiração.

6. Quais os cuidados que a anestesia em gatos requer?

Durante o tempo em que o gato se encontra sob o efeito da anestesia é essencial que ocorra uma monitorização atenta e rigorosa, levada a cabo pela equipa médica responsável pelo procedimento. Este controlo serve para observar se existem alterações nos sinais vitais ou até para prevenir possíveis complicações anestésicas.

A monitorização pode incluir:

  • Avaliação da função respiratória;

  • Verificação do ritmo cardíaco;

  • Medição da temperatura corporal.

  • Medição de pressão arterial

É ainda crucial garantir o acesso intravenoso com cateter, para responder a situações urgentes que exijam a administração de substâncias medicamentosas.

Quando o seu gato estiver anestesiado, os médicos irão vigiá-lo para garantir que tudo corre bem

7. Qual a duração da anestesia em gatos?

O tempo que a anestesia demora a ser eliminada do organismo do gato depende de vários fatores, como o metabolismo do próprio animal. Regra geral, quando recebe alta, o seu estado já é quase normal, ainda que possa manter-se sonolento por até 24 horas.

O tipo de anestesia administrada também faz variar este período. Por exemplo, uma anestesia geral costuma permanecer no corpo por mais tempo, em comparação com uma anestesia local.

O importante é respeitar o período de recuperação e seguir as instruções do médico veterinário

A Agrivet conta com uma equipa experiente de profissionais especializados em Anestesia e Cirurgia. Temos à sua disposição equipamentos modernos para uma correta avaliação e monitorização dos nossos pacientes.

Se ainda tem alguma dúvida sobre a anestesia em gatos, fale connosco. O nosso corpo clínico está sempre disponível para partilhar o seu conhecimento.

A leitura deste artigo não substitui a consulta com um médico veterinário. A melhor forma de esclarecer todas as dúvidas sobre anestesia em gatos é através de um contacto direto com o médico veterinário, onde as informações dadas são individualizadas e têm em consideração as características do seu amigo.

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