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De acordo com os profissionais de Nutrição, as escolhas sobre a comida para o cão devem ter em conta a idade, as condições físicas e o estado clínico do animal de estimação.
Neste Guia sobre a comida para o cão, reunimos os conselhos dos especialistas para explicarmos como pode fazer as escolhas mais acertadas para o seu animal de estimação.
Após a leitura deste Guia, ficará a saber mais sobre:
a adaptação da alimentação do cão em função da idade;
como escolher a alimentação do cão de acordo com as condições físicas;
a necessidade de adequar a alimentação do cão consoante o estado clínico;
outros conselhos úteis sobre a alimentação do cão.
Lembre-se que uma alimentação equilibrada faz parte da promoção de hábitos de vida saudáveis.
O primeiro passo, em relação à escolha da comida para o cão, é saber distinguir as necessidades do animal por faixa etária.
A fase de crescimento do cão vai até aos 12 meses para animais de pequeno porte e os 24 meses para animais de grande porte.
Nesta fase, é aconselhável fornecer pequenas quantidades de alimento, várias vezes ao dia, de 2 a 6 refeições, dependendo da idade. O número de refeições poderá ser reduzido de forma gradual à medida que o animal cresce.
Os cachorros apresentam uma maior dificuldade no controlo da glicémia, devendo-se por isso evitar que estejam sem comer por longos períodos.
A comida para os cães nesta etapa da vida deve assegurar um alto valor calórico e proteico, com todos os nutrientes essenciais para um bom desenvolvimento do organismo e um crescimento saudável.
De uma forma geral, as rações comercializadas para os cachorros já se encontram preparadas para responder a uma grande exigência energética sem que seja necessário a confeção de qualquer tipo de alimentação caseira.
Salientam-se, ainda, as seguintes recomendações:
Promover a amamentação pelo menos até as 5-6 semanas, sempre que possível;
Fazer a passagem para os sólidos começando com comida para cão húmida e introduzir a ração seca, de forma progressiva.
Agora que o crescimento do cão estabilizou, é preciso rever as suas necessidades nutricionais. Entre os 12 e os 24 meses, dá-se início à transição da comida de cão bebé para a de adulto.
Existem várias opções comerciais de comida para o cão adulto, sendo possível optar pela ração seca, húmida ou uma mistura de ambas.
Contudo, a troca da comida de cão nunca deve ser feita de um dia para o outro, por isso aconselha-se:
Misturar as duas rações, diminuindo de uma forma gradual a quantidade da ração antiga e aumentando a da nova. Este processo pode levar entre 7 a 10 dias;
Controlar as quantidades de comida, seguindo as indicações da embalagem para evitar uma situação de excesso de peso.
Nesta fase, aconselha-se que a comida seja distribuída em 2 refeições diárias. Além de limitar picos de glicémia, previne-se também problemas relacionados com dilatações gástricas e vómitos, em especial nos animais de grande porte.
Entre os 7 e os 9 anos, o cão chega à sua fase sénior. É nesta altura que começam a surgir as alterações físicas comuns da idade, sendo necessário adaptar a comida do cão sénior às suas atuais condições.
Nesta fase, é comum que o cão passe pelas seguintes alterações da sua condição física:
Perda de dentes, olfato e paladar levando à uma diminuição da vontade de comer;
Redução da mobilidade devido ao desgaste das articulações;
Declínio da função renal.
Desta forma, e tendo em conta a nova condição do cão, poderá ser útil oferecer uma comida mais saborosa para aumentar o apetite do cão, assim como ajustar a dieta às doenças crónicas.
Nestes casos, poderá ser vantajoso humedecer a ração para facilitar a mastigação e intensificar o cheiro e sabor. Para humedecer a ração, basta deitar um pouco de água morna em cima da ração seca até que a mesma absorva a água e tenha um aspeto mais esponjoso.
Mais à frente neste artigo falaremos das condições clínicas que, também, afetam a escolha da alimentação para o cão sénior, bem como os cuidados a ter com a dieta.
A comida que dá ao seu cão também deve ser adequada de acordo com fatores físicos, tais como a raça, o porte e a esterilização.
As necessidades alimentares de um cão de pequeno porte são diferentes das exigências de um cão de grande porte nas várias etapas que descrevemos no ponto anterior.
A adaptação da alimentação à raça e porte do cão vai além da redução ou aumento da quantidade de comida oferecida.
O metabolismo dos cães de pequeno porte é mais acelerado e, em muitos casos, apresentam uma predisposição para sofrer de nervosismo e ansiedade.
Nestes casos, aconselhamos que:
Ofereça uma comida para cão com valores energéticos mais elevados;
Divida a dose diária em várias porções ao longo do dia, para evitar que coma tudo de uma vez e tenha problemas intestinais e digestivos.
Nos cães de grande porte, as energias são gastas de uma forma mais lenta, por isso é fundamental controlar o seu peso. Neste sentido, aconselhamos que:
Dê uma comida para cão com menos quantidade de hidratos de carbono e calorias na sua composição;
Escolha uma ração de granulado grande para impedir que o animal engula a comida sem mastigar.
Após a castração, o animal fica mais sedentário, o metabolismo desacelera e ao mesmo tempo aumenta a vontade de comer.
Nestes casos, será adequado alterar a comida para cão e escolher uma ração para cães ou cadelas castradas.
A composição da ração para cães castrados, de um modo geral, garante todos os nutrientes necessários para uma dieta equilibrada, mas com baixos níveis de calorias para prevenir o aumento de peso.
Seja qual for a idade, raça ou porte, após o diagnóstico de determinadas doenças é necessário proceder a algumas alterações na comida do cão.
Neste sentido, as consultas de nutrição para cães são muito úteis na medida em que desenvolvem planos nutricionais à medida das necessidades de saúde de cada animal.
Confira agora os conselhos alimentares relacionados com algumas doenças comuns do cão.
Tal como no ser humano, os rins dos cães também têm a função de filtrar o sangue e quando deixam de funcionar da forma correta provocam graves problemas em todo o organismo. A alimentação renal para cães é essencial para não sobrecarregar o funcionamento renal, tendo ainda nutrientes com características antioxidantes e ácidos gordos.
Além disso, a ração para doença renal apresenta várias opções alimentares, numa combinação de dieta seca e húmida para combater a falta de apetite do cão, um dos sintomas deste problema.
Esta doença caracteriza-se por uma inflamação do estômago que pode ter diferentes origens:
Infeções virais ou bacterianas;
Erros alimentares ou intoxicações;
Outras doenças.
A dieta contribui para o tratamento da gastrite e deve-se oferecer uma ração formulada de acordo com as necessidades nutricionais que a doença exige. No entanto, nestas circunstâncias, a comida para cães também pode ser caseira, à base de alimentos como frango cozido sem temperos e arroz, por exemplo.
A Dermatite Atópica é uma reação cutânea crónica cujas causas podem ter origens alimentares, mas também ambientais através da exposição a parasitas ou pólens, por exemplo.
A alimentação para cães com dermatite atópica é uma das formas de complementar a terapêutica, quer seja através de ração hipoalergénica, quer seja através de uma dieta rica em ácidos gordos, ómega 3 e 6.
Além disso, a comida para cão também deve fornecer os nutrientes essenciais para reforçar o sistema imunitário e a barreira de defesas cutâneas.
O défice de glóbulos vermelhos no sangue provoca o estado de anemia no cão. Algumas das possíveis causas podem ser:
Alimentação incompleta;
Parasitas externos ou internos.
A alimentação para cães com anemia deve ser rica em ferro, proteínas e vitamina B12. Adaptar a ração ao estado clínico do cão é fundamental na recuperação da anemia.
Após o diagnóstico de uma anemia, pode também existir a necessidade de acrescentar suplementos alimentares à dieta do cão
A incapacidade do corpo absorver o açúcar dos alimentos provoca a subida dos níveis de glicémia no sangue. Com os valores da glicemia alterados, a produção de insulina começa a ser insuficiente, dando origem à diabetes.
Esta doença pode ser genética, mas existem outros fatores de risco, tais como:
Comida para cão desadequada e incompleta;
Excesso de peso.
Neste caso é fundamental cuidar da dieta do seu animal de estimação através de uma ração para cães com diabetes à base de fibra dietética e antioxidantes.
Lembre-se: seguir as indicações do médico veterinário que acompanha o seu animal de estimação é muito importante para a recuperação ou tratamento de qualquer doença.
Depois de escolher a comida para cão, seguindo os conselhos dos nossos especialistas nutricionais, aconselhamos que tenha outros cuidados em atenção, tais como:
Garanta a qualidade da água que o seu cão ingere, trata-se de um nutriente vital para a promoção da saúde do seu animal de estimação
Local da alimentação do cão: evite alterar o sítio de refeições e escolha um local tranquilo para que o animal possa desfrutar da sua comida sem perturbações externas.
Escolha dos acessórios: existem várias opções no mercado, comedouro e bebedouro unidos, separados, de plástico ou de inox. A decisão deve ser tomada tendo em conta as características do seu cão, desde o tamanho à sua personalidade. Cães de grande porte podem beneficiar de comedouros e bebedouros mais altos para ajudar na correta postura durante a refeição. Já animais mais sensíveis podem assustar-se com o barulho que os comedouros de inox fazem ao tocar no chão.
Importância da água: certifique-se que a água está limpa e fresca, trocando-a de forma regular. A água é um nutriente vital para o bom funcionamento do organismo,
Acima de tudo, procure garantir uma alimentação equilibrada e ajustada às diferentes fases da vida do seu animal de estimação, bem como condição física e estilo de vida.
Na Agrivet, tem à sua disposição consultas de Nutrição Fisiológica e Dietética, Dermatologia, Cardiologia e Geriatria para um atendimento multidisciplinar.
Estamos presentes para si e para o seu animal de estimação no Hospital Veterinário de Torres Vedras, aberto 24 horas por dia, mas também em Mafra, na Clínica Veterinária.
A leitura deste artigo não substitui a consulta com um médico veterinário que poderá aconselhar sobre as necessidades nutricionais, de acordo com a idade, fatores físicos e condições clínicas do animal de estimação em questão.
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