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Índice
Como a comida do cão influencia a saúde da pele e da pelagem?
Como os nutrientes da comida do cão afetam a sua pele e a pelagem?
Quais os sinais que podem indicar déficit nutricional?
Qual a relação entre a comida do cão e a flatulência?
Consumo de alimentos vegetarianos
A comida do cão pode prevenir as doenças periodontais?
Como deve ser a comida do cão para garantir uma boa saúde oral?
Como garantir que a comida do cão é feita à medida das suas necessidades?
Segundo os profissionais de nutrição, a comida do cão tem influência direta na saúde geral do animal. Uma dieta equilibrada fornece os nutrientes suficientes para que o seu cão tenha mais qualidade de vida.
A comida do cão deve ser adequada à idade, às condições físicas e ao seu estado clínico. A má alimentação gera uma deficiência de nutrientes, causando diversos problemas de saúde.
A comida do cão pode ser uma verdadeira aliada na promoção da saúde do seu animal de estimação
Veja o impacto que a comida do cão tem:
Na pele e na pelagem;
Na flatulência;
Nas doenças periodontais.
A pele e a pelagem do cão refletem a saúde do animal. Neste sentido, uma dieta equilibrada pode ajudar na prevenção de problemas dermatológicos nos cães e auxiliar no tratamento de algumas doenças de pele.
Uma ração de má qualidade ou que contenha excesso de nutrientes pode ter um impacto profundo na saúde da pele e do pelo do cão. O mesmo acontece quando as rações são suplementadas de forma inadequada.
As proteínas, as gorduras e os minerais são essenciais para a manutenção da saúde do seu animal de estimação. Quando ingeridos na quantidade certa, estes nutrientes cumprem o seu papel na manutenção da boa saúde do cão, refletindo-se numa pela e pelagem também saudáveis.
Veja agora qual a influência de alguns dos principais nutrientes na saúde do seu cão:
A falta de proteína na comida do cão pode levar à:
perda de pelo irregular;
descoloração da pelagem;
pelagem sem brilho e quebradiça.
Os ácidos gordos, um tipo de gordura, desempenham também um papel fundamental na nutrição canina.
A deficiência de ácidos gordos contribui para a:
descamação da pele;
perda de elasticidade da pele.
A comida do cão deve também conter Ómega 3, um tipo de ácido gordo que melhora a saúde da pele. Uma dieta rica nesta gordura ajuda na prevenção e tratamento da dermatite em cães, uma vez que o Ómega 3 contém propriedades anti-inflamatórias e melhora a função de barreira da pele, protegendo-a contra irritações.
Uma alimentação deficiente em cobre pode causar:
pelagem opaca;
perda de pelo irregular;
descoloração da pelagem.
Já os níveis de zinco quando são baixos podem causar:
perda de pelo;
úlceras na pele
espessamento e rachaduras da pele nas almofadas dos pés.
Lembre-se que os nutrientes presentes na comida do cão devem ser ajustados à idade do animal, bem como à sua condição clínica. Os cachorros, por exemplo, necessitam de quantidades de nutrientes diferentes dos cães adultos. E um cão esterilizado ou com uma patologia associada também necessitam de uma alimentação específica.
Por tudo isto, a elaboração de um plano nutricional à medida das necessidades do seu animal de estimação é fundamental para garantir a manutenção de uma boa saúde.
A observação do estado da pele e do pelo é importante para detetar déficit nutricional
Existem alguns sinais relacionados com a pele e com o pelo do cão que, quando observados, podem estar indicar um déficit alimentar, veja:
Mudança ou perda da cor do pelo;
Perda de pelo;
Crescimento lento do pelo;
Acumulação de escamas de pele seca;
Feridas na pele.
Nestes casos, quando um tutor observa este tipo de sinais, o melhor a fazer é falar com o médico veterinário. O profissional poderá analisar a comida do cão e verificar se os sinais observados estão relacionados com o excesso ou falta de nutrientes.
O funcionamento do organismo dos cães assemelha-se em vários aspetos ao dos seus tutores. A produção de gases é um processo fisiológico normal, tal como ocorre com os seres humanos. Contudo, o excesso de gases pode indicar problemas na saúde intestinal e digestiva do seu animal de estimação.
A flatulência, ou seja, o excesso de gases intestinais, ocorre devido à fermentação intensa no cólon e está relacionada com a comida do cão. Uma alimentação desequilibrada pode refletir-se na saúde intestinal do seu melhor amigo. Veja quais os fatores ligados à alimentação que podem causar flatulência nos cães:
Rações que contenham farinha de soja, ervilhas e milho podem contribuir para a produção de gases em excesso. Em alternativa, a comida para cão feita com alimentos como cordeiro, arroz e cevada pode reduzir a produção de gases.
Alimentos que utilizam arroz como fonte de carboidratos também podem gerar menos flatulência do que as comidas de cão à base de trigo ou milho.
O teor de proteína da matéria seca não deve exceder os 30%. A proteína de soja deve ser evitada por cães que apresentem flatulência.
A fibra pode desempenhar um papel significativo na produção de gases excessivos em alguns cães. As fibras fermentáveis isoladas ou purificadas contribuem para o aumento da flatulência.
Uma dieta equilibrada deve combinar os diferentes tipos de fibras de acordo com as propriedades funcionais. Contudo, o teor de fibra não deve exceder os 5% na comida do cão.
Os vegetais e leguminosas contêm enxofre que, por sua vez, promovem a produção de gás. Por esta razão, a comida de cão vegetariana pode ser problemática para animais que sofrem com flatulência.
A comida para cão com pouca qualidade pode ter baixo teor de digestibilidade, gerando fermentação excessiva no cólon. A ingestão de proteínas de alta qualidade diminui a fermentação de metabólitos e, por consequência, a produção de gases.
Repartir as duas porções de comida diárias por várias vezes ao dia também ajuda a reduzir a flatulência - esta técnica melhora a digestibilidade dos alimentos e reduz a quantidade de substrato no lúmen intestinal.
Comer rápido é uma das causas da formação excessiva de gases, pois o cão engole muito ar nesse processo. A utilização de comedouros interativos, por exemplo, é um dos conselhos dos especialistas para ajudar o seu cão a comer mais devagar - este acessório ensina o animal a comer quantidades menores de cada vez e ainda estimula o desenvolvimento cognitivo.
Por fim, é também recomendado passear com o cão na rua durante 30 minutos após a alimentação para incentivar a defecação e ajudar a dissipar o excesso de gás intestinal.
As doenças periodontais são infeções bacterianas na cavidade oral que afetam os dentes, as gengivas e os ossos. São causadas pela acumulação de placa bacteriana e de tártaro nos dentes, resultantes do acúmulo de comida, saliva e bactérias quando o animal come. Por essa razão, a comida do cão e a sua consistência têm influência no desenvolvimento de doenças periodontais.
Os cuidados com a alimentação devem sempre estar associados à uma higiene oral regular
As doenças periodontais são um dos problemas de saúde mais comuns em cães de todas as faixas etárias e que podem causar:
dor ao animal;
dificuldade para comer;
sangue nas gengivas e na saliva;
queda dos dentes, em casos mais graves;
risco de infeção nos órgãos internos quando a bactéria entra na corrente sanguínea e espalha-se pelo corpo do animal, em casos mais críticos.
A comida que dá ao seu cão pode contribuir para uma boa saúde oral, pois a sua textura estimula a produção de saliva e promove a limpeza mecânica dos dentes.
Veja agora como é possível melhorar a saúde oral, através da alimentação:
Existem rações específicas para a manutenção da saúde oral que apresentam um efeito de escovagem e contribuem para o controlo da formação de tártaro e suporte osteoarticular.
A forma, o tamanho e a textura da ração ajudam a reduzir a acumulação da placa bacteriana e a formação de tártaro. Algumas rações apresentam também fórmulas que são feitas tendo em atenção a saúde dos ossos, importante para o suporte dos dentes, e articulações.
Já os dental sticks ajudam a remover restos de comida e também contribuem para a redução de tártaro e placa bacteriana.
Estudos indicam que os fosfatos de sódio (compostos químicos de sódio e fósforo) presentes nos alimentos secos contribuem de forma eficaz para a eliminação de placa e formação de tártaro.
A escolha da comida do cão é fundamental para contribuir para a promoção da saúde oral, a par dos cuidados certos de higiene oral, para evitar que o seu melhor amigo sofra com doenças periodontais. Aconselhe-se com o médico veterinário para ter a certeza que está a alimentar o seu cão da forma correta.
Ouvimos com frequência “somos o que comemos”. Esta frase é válida tanto para humanos quanto para os animais de estimação. Uma dieta balanceada contribui para a qualidade de vida do cão, prevenindo o aparecimento de doenças e permitindo uma melhor recuperação quando elas surgem.
O acompanhamento nutricional por profissionais especializados auxilia os tutores a melhorar a saúde do seu animal de estimação.
É desenhado um plano para o cão onde são avaliados com rigor fatores característicos de cada animal, de acordo com:
Estilo de vida;
Estado clínico/possíveis patologias;
Idade;
Raça;
Porte.
O objetivo do plano é garantir que o animal tenha presente no organismo todos os componentes nutricionais nas quantidades certas. Quando os ingredientes são de qualidade e a quantidade é equilibrada, a comida do cão é uma fonte de energia, de vitalidade e de muita saúde.
Na Agrivet, temos médico veterinários que se dedicam à nutrição dos animais de estimação e que podem esclarecer todas as suas dúvidas. Marque uma consulta e saiba como escolher a comida mais adequada para o seu cão.
A leitura deste artigo não dispensa a consulta com um médico veterinário. Apenas o médico veterinário poderá esclarecer sobre a melhor comida para o seu cão, bem como os ingredientes que devem constar numa dieta nutritiva e equilibrada.
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