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Leishmaniose canina - tudo o que deve saber

Leishmaniose canina - tudo o que deve saber

A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida através da picada de um pequeno inseto voador, presente em Portugal. É uma doença de evolução crónica e potencialmente fatal.

Felizmente, é possível de prevenir e aqui reside a chave para o controlo da doença! Confira neste artigo o essencial sobre a Leishmaniose canina.

Qual é a causa da Leishmaniose?

A Leishmaniose é provocada por um parasita microscópico chamado Leishmania, que só consegue viver e reproduzir-se dentro das células do seu hospedeiro. Nos animais infetados, o parasita pode ser encontrado, sobretudo, no sangue e nos gânglios linfáticos.

Como se transmite?

O parasita é transmitido através da picada de um inseto voador chamado Flebótomo que, por ser muito pequeno, pode ser difícil de ver ou ouvir. É mais ativo ao amanhecer e ao anoitecer e os seus locais preferidos são húmidos, amenos e ricos em matéria orgânica (ex: fendas de árvores, jardins ou próximo de lagos e outras águas estagnadas).

Flebotomo.jpg

Que animais são afetados pela Leishmaniose?

O parasita pode ser transmitido e provocar doença não só a cães, mas também a outros mamíferos, como gatos, raposas ou javalis. Por também poder afetar o homem, a doença é considerada uma zoonose - o que a torna uma importante questão de Saúde Pública.

Existe em Portugal?

Sim; a Leishmaniose é endémica na Bacia do Mediterrâneo e está a disseminar-se para o norte da Europa. Em Portugal, a prevalência de Leishmaniose canina é superior a 20% e as regiões mais afetadas são as do interior (Castelo Branco, Guarda e Portalegre), a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve.

Que sintomas provoca?

A apresentação clínica da Leishmaniose canina é bastante variável e dependente de múltiplos fatores. Os sinais mais comuns incluem:

  • Prostração

  • Perda de peso

  • Aumento da dimensão dos gânglios linfáticos

  • Alterações na pele, como perda de pêlo, descamação e feridas de difícil cicatrização (sobretudo no bordo das orelhas e membros)

  • Diminuição do apetite

  • Febre

A evolução da doença favorece o compromisso de outros órgãos, incluindo rins, fígado, globo ocular, trato gastrointestinal, articulações e sistema nervoso central. Se o seu animal apresenta sintomas, não adie. Faça a marcação da consulta aqui ou contacte diretamente uma das unidades Agrivet.

Tem cura?

Não existe cura definitiva para a Leishmaniose canina, mas existem tratamentos que contribuem para controlar a infeção pelo parasita. Um cão infetado, mesmo que de momento não apresente sintomas, terá de ser vigiado regularmente pelo Médico Veterinário, ao longo de toda a sua vida.

Como se previne?

A prevenção é a chave para o controlo da Leishmaniose. Destacamos as duas principais medidas preventivas que não deve descurar no seu cão:

  • Aplicar uma pipeta ou uma coleira com efeito repelente do Flebótomo e mantê-la atualizada durante todo o ano.

Atenção - os desparasitantes externos sob a forma de comprimido não têm efeito repelente. Fale com a equipa Agrivet para o ajudarmos a definir um plano de desparasitação ajustado ao seu animal.

  • Vacinar anualmente o seu cão contra a Leishmaniose. A vacina deve ser administrada sob recomendação do Médico Veterinário e pode sê-lo aos cães a partir dos 6 meses de idade e, idealmente, após um teste sanguíneo da doença.

Na Agrivet, a vacinação do seu cão pode ser feita ao domicílio ou numa das nossas unidades! Agende aqui ou contacte-nos por telefone.

Aplicação pipeta desparasitante.jpg

Além destas medidas, recomendamos:

  • Se o seu cão vive ou vai viajar para uma zona de elevada prevalência da doença, fale connosco para o ajudarmos a reforçar a proteção dele.

  • Evitar os passeios ao amanhecer e ao anoitecer, por ser o período de maior atividade dos insetos transmissores da Leishmaniose.

  • Aplicar nas janelas redes mosquiteiras de malha apertada, para dificultar o acesso dos Flebótomos ao ambiente do seu cão.

  • Reduzir recursos atrativos para os insetos, como vasos com água estagnada ou resíduos em compostagem, por exemplo.

  • Manter atualizado o check-up médico do seu cão e não adiar a consulta caso identifique qualquer sintoma. Agende a consulta aqui ou contacte diretamente uma das unidades Agrivet.

Como se diagnostica?

O diagnóstico da Leishmaniose canina baseia-se nos sinais clínicos e nos resultados dos exames complementares, incluindo análises sanguíneas e avaliação microscópica de amostras de sangue, de gânglios linfáticos ou de lesões de pele, por exemplo.

Um diagnóstico precoce beneficia os resultados do tratamento. Por isso, mantenha o check up médico atualizado e valorize quaisquer sintomas no seu cão, mesmo que lhe pareçam ténues. A Agrivet dispõe de tecnologia de ponta para o diagnóstico precoce de diversas doenças, incluindo da Leishmaniose canina. Saiba mais aqui.

Contacte-nos para esclarecer qualquer questão sobre a Leishmaniose canina e sobre a proteção, diagnóstico e tratamento no caso específico do seu cão. Conte sempre com a equipa Agrivet, ao seu lado e do seu melhor amigo!

A leitura deste artigo não substitui a consulta com um médico veterinário que poderá aconselhar sobre o Plano de Vacinação mais adequado para o seu cão, tendo em conta a idade, o estilo de vida, bem como a região onde reside, entre outros fatores importantes.

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