Desparasitação

Quando feita com base num protocolo adequado, a desparasitação é um método eficaz de proteção contra parasitas internos e externos responsáveis por infestações e transmissões de doenças.

• Os parasitas internos mais comuns são as lombrigas e as ténias. Estes instalam-se no organismo do animal e podem dar origem a cólicas, vômitos, diarreias e mal-estar geral. Se a infestação perdurar pode conduzir a problemas graves de saúde. Outros parasitas internos estão associados ao desenvolvimento de doenças que podem comprometer a saúde do animal.

• Os parasitas externos como piolhos, carraças, pulgas e ácaros, alojam-se no pelo ou na pele do animal. Além do desconforto causado pela comichão, estes parasitas podem dar origem a doenças, como por exemplo a Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP), entre outras. Nos casos mais graves, o pelo começa a apresentar falhas e o animal pode até perder o apetite.

A proteção contra os parasitas internos e externos é feita com com recurso a antiparasitários de uso interno e externo, como pipetas, soluções orais, comprimidos e coleiras desparasitantes. 

Sim. Os cães, gatos, coelhos, roedores, aves e répteis são possíveis hóspedes de parasitas e por isso recomenda-se a desparasitação de todos os animais de estimação. 

Contudo, é aconselhável uma avaliação pelo médico veterinário, uma vez que a necessidade e frequência do uso dos antiparasitários diferem de caso para caso. 

Além disso, as condições de higiene e limpeza das taças de alimentação, brinquedos do animal, gaiola ou terrário são medidas de prevenção essenciais, assim como, o fornecimento de água limpa e fresca.

Regra geral, a desparasitação externa no cão deve ter início na 7.ª semana de vida. A duração da proteção é variável, pelo que aconselhamos o contacto com o médico veterinário para avaliar cada caso.

No âmbito da desparasitação externa, existem algumas recomendações específicas: se vive no Algarve ou se vai levar o seu amigo para essa região ou vai de férias, por exemplo, para o Sul de Espanha, nesse caso a Agrivet aconselha a proteção extra para a Dirofilariose e Leishmaniose. 

É importante saber junto do médico veterinário quais são os cuidados a ter de acordo com a zona geográfica onde habita ou para onde vai viajar com o seu cão. 

O esquema de desparasitação interna recomendado para o cão é: 

• Início aos 15 dias até aos 3 meses - quinzenal; 

• Dos 3 meses aos 6 meses - mensal; 

• A partir dos 6 meses - trimestral. 

Trata-se de um protocolo base que deve ser sempre ajustado de acordo com o estilo de vida do cão. 

A desparasitação externa nos gatos deve começar a partir das 8 semanas, seguindo depois as indicações de validade da solução. 

Contudo, é preciso ter em conta o estilo de vida do felino, se tem acesso à rua ou não, para evitar a administração excessiva de fármacos.

Aconselhe-se com o médico veterinário sobre as necessidades do seu gato em particular.

O esquema de desparasitação interno recomendado para o gato é:

• Até aos 3 meses - quinzenal; 

• Dos 3 meses aos 6 meses - mensal; 

• A partir dos 6 meses - trimestral. 

Recordamos que este protocolo de base deve ser ajustado ao estilo de vida de cada gato em particular. 

Sim. Apesar da desparasitação ser fundamental para afastar os parasitas, existem cuidados relacionados com a higiene que também ajudam a promover um ambiente saudável para toda a família. 

Tais como: 

• Lavar as mãos com regularidade para impedir a propagação de bactérias, parasitas internos e infecções, sobretudo se existirem crianças na família;

• Manter o animal de estimação asseado, limpando-o após as necessidades fisiológicas e o passeio higiénico;

• Fazer a limpeza da liteira do gato sempre que for necessário; 

• Oferecer sempre água limpa e fresca.